12 de novembro de 2009

viaduto do chá






pedras, mapas, búzios, cartas. no centro antigo da cidade, mulheres se predizem futuros bons. vai ser feliz. ter um filho. vai casar. ganhar muito dinheiro.
e um sapateado largo se firma por dentro dela, quase alma. despudorada. vai depor contra um homem que nem conhece direito e sem saber o significado da vida.
sabe apenas que segue. hoje atravessa a cidade. amanhã é domingo. e todas as certezas se apagarão. todos os pássaros deixarão de ser pombos. ela olha catedrais – de são paulo a paris. compara torres com seus peitos pernas firmes farturas. as portas do mundo um dia se abrirão.




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