30 de setembro de 2010

e não piso nos riscos




dias ou dias e o dia parece imóvel. oco. parado. folhas caem. cães latem. saída do dia, ouço, longe, um batedor de arame e claras nevam. rabanetes forjam-se maravilha no fundo da terra. formigas carregam minha raiva sob o dia nublado. não se vê a totalidade das horas a passar. farpas pequenas do dia se desfiam nas listas de quefazeres à espera. à espreita. na beira do mapa, o monstro de mil cabeças. se na gota houver mar, mergulhe.

3 comentários:

Adriana Reis disse...

"se na gota houver mar, mergulhe"
praticamente um mantra.
Amei.

Neide Rigo disse...

As claras nevam! Que lindo, vou pegar emprestado. Lindo todo o mais. Beijos, N

Graça Freire disse...

É só delicadeza nesses passos.
obrigada por sua visita, traga os seus acompnhantes,
Grafreire