13 de outubro de 2010

brisa

minha irmã. entre nós há largos desertos sem caminhos e também pequenos atalhos sombreados de terra úmida recendendo a musgo e pedras. quando éramos pequenas, ela escreveu uma redação bem bonita. cidade de interior, mereceu as páginas do jornal. achei o tudo daquilo de uma beleza tão ampla, desejável. por um tanto daquilo, vendi minha alma por poucos tostões e logo um lampejo: copiei, troquei palavra aqui, outra ali e. eis. o que se seguiu não é de se esquecer. melhor nem lembrar. a vida toda e meu amor por ela não é de grandezas, é minúcias, como uma brisa suave que ela agora escreve.