20 de outubro de 2010

isotrópica



na grande avenida, dois homens andam balançando suas barrigas. os dois de terno preto, um com a gravata rosa e o outro de gravata azul de bolinha. eu sei que se me virar, verei seus rabos. peludos. por isso não me viro para ver. como também não olho para o chão, evitando confirmar o que mapas aproximados me dizem: qualquer volta em volta de casa e me enovelo emaranhada num trópico. o de capricórnio. por via das dúvidas, desconfio do que vejo. e não confio no que poderia ver.

2 comentários:

Alvaro Vianna disse...

Sem mentira: ainda quero chegar a esse nível de desconfiança.

beijoact

Neide Rigo disse...

Ei, eu conheço isto. Não a situação, mas o objeto. bjs,n