2 de novembro de 2011

cinquenta e seis

num dia vinte e três de outubro milhares de pessoas derrubaram uma estátua de seis toneladas. as estátuas – todos sabemos – não nos fazem mal. as ditaduras nos lembram que o percurso vale tanto ou mais que a chegada. o tempo passa, dou um laço que junta o fim ao começo. cinqüenta e cinco é um sopro. por dentro do sopro a vela em sua chama. a parafina fina cera de abelha um dia guardou mel. a flor vem da raiz. a raiz persiste. algumas, como algumas cigarras, adormecem quase décadas.

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