19 de agosto de 2015

libélula

porque desertos, peço água. fossem oásis, não seria preciso pedir.
pense pássaros presos longe de casa asas desbotadas delicadas lágrimas de sal.
em lágrimas atravessar o labirinto - aromas - e, ao sair, um lago, sobre o lago uma libélula que sempre e quase pousa.
perder-se no labirinto é encontrar-se minotauro, dessaber-se teseu, recusar o fio de ariadne: não se tecer.
nos caminhos não se entender. seus mapas. eros destroçado sem perna ou braço.
como os pássaros longe de casa.
o longo labirinto dos desertos: o mistério este céu estrelado: este mar sem caminhos.

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