quando meus filhos eram bebês, eu ficava horas parada olhando o minúsculo peito deles subindo e baixando a cada respiração. o movimento, como um pássaro que sai do ninho e procura, me dava a certeza da vida contínua que nos atravessa. 
agora que os filhos respiram longe de mim e já não posso passar horas olhando para eles enquanto dormem, observo meu cachorro. a cor do pelo dele é igual a cor dos cabelos dos meus filhos e ele respira compassado ao sol de inverno. nesses momentos meu amor, feito luz, se amplia multiespécie sabendo que desentende suas alegrias e suas tristezas tanto quanto desentendia a mim mesma e os meus bebês.
 
 choices 
(tess gallagher) 
I go to the mountain side 
of the house to cut saplings, 
and clear a view to snow 
on the mountain. But when I look up, 
saw in hand, I see a nest clutched in 
the uppermost branches. 
I don’t cut that one. 
I don’t cut the others either. 
Suddenly, in every tree,    
an unseen nest 
where a mountain    
would be.
Fica sempre, essa saudade de os ver pequeninos, a dormir angelicamente.
ResponderExcluirBeijo