13 de janeiro de 2012

em rochedos sem saber usar

Isso que eu digo vem tanto da terra
quanto do mar. Do ventre da terra e
do mar do ventre. Dia e noite
sem repouso, palavras são postas sobre
a têmpora, azul, frágil, da crosta
terrestre. Assim que digo escrevo,
talvez só seja preciso escutar
que me inclino, estico a mão, coleto
rochas e rochedos sonoros.

(antoine wauters, tradução de Juliana Bratfisch daqui)

Nenhum comentário: