30 de abril de 2019

nas viagens

um historiador francês que se dedica à história das cores, explica em um de seus livros que, antes de visitar uma cidade, gostava de buscar informações sobre ela, de todo tipo, até fazer uma ideia de como seria, associando-a a um determinado padrão cromático.
ao concretizar a visita à cidade, o tal padrão cromático em geral não se confirmava. era outro. era diferente do que ele imaginara.
com o passar do tempo, no entanto, em sua memória em vez de ficar registrada a informação colhida concretamente na cidade, sobrevivia o padrão cromático inicialmente imaginado.
se é assim, para que viajar? ele se pergunta.

 

Nenhum comentário: