então eu resolvi inexistir e comecei um longo exercício de me fazer sumir roupas e desejos. manuais e xaropes. a tristeza prosseguia. o peso. quanto mais eu quase inexistia, mais a minha transparência se acendia em luz a iluminar a casa dos vizinhos. mais meu choro machucava milhões.
apesar do esforço – todo o esforço de inexistência – permanecia ali: minha concretude humana, a produzir excrementos. e o amor.
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4 comentários:
Ela é refém das dores alheias e talvez do amor. O que prende mais?
Que humildade, Vê! eu que estava com vergonha de te mostrar tão pouco. Mas acima de tudo a amizade que vence as décadas. Prazer enorme. Beijo.
A existencia depende da inexistencia... Que delícia Veronika! Gostaria de ter ido no domingo encontrar todos na praça, mas minha inexistencia trabalhava... Beijão pra ti.
Penso, logo inexisto.
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