9 de março de 2010

naná e lili

naquela noite, naná deitou discretamente na maciez da cama de lili e dormiu. como há muitos (milhares de) anos não dormia.

nada de crianças, ratos, ruídos do outro lado da parede. só o escuro da noite sem pesadelos. leveza para o coração.

semanas depois, lili se deitou em sua cama sem nada saber de naná.

dormiu.

nos sonhos, nada de valsas em bailes empoados, nada de discretos cruzares de olhos claros, nada de sedas nos vestidos. lili sonhou intensas coisas distintas das intensidades que sempre viveu.

batucadas cheiros ritmos cores medos e alegrias que jamais imaginara. e nunca sentiu.



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