24 de janeiro de 2012

ao pote - III

disse o velho escritor húngaro que é tão possível se afogar num balde quanto no oceano atlântico. por que eu me afogaria? por que eu guardaria água num pote sendo o mar amplo e salgado e tão navegável? e se em poças lamacentas a imagem de crianças que brincam é exatamente a imagem de crianças que brincam? e, afinal, me diz, por que eu afundaria um barco numa bacia?
as aparências aparentam. são as pessoas que se enganam.