"E
o que não faz sentido é nossa incapacidade de perceber e acompanhar o
sentido de uma frase longa e bem lastrada. Isso compele. E nos leva
adiante. E talvez seja uma maneira de lembrar - numa feição análoga,
aliás, aos planos-sequências de Bela Tarr - que a frase curta é apenas
um dos veículos da elegância e da concisão. E que essa mesma concisão e
essa idêntica elegância podem ser atingidas por frases que parecem não
ter fim. Quer dizer, não é o tamanho da frase o que determina a concisão
e a elegância. Mas o ritmo dela. Seu modo de dispor-se. Sua disposição."
(Ruy Vasconcelos daqui)
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