eu dizia não chore.
depois: ao falar para multidões lembre-se
também do seu pé sobre a face da terra.
ou pense no que somos todos, tubos de fazer
bosta.
quando for, bata o pó. deixe água em seu
lugar.
eu também dizia não demore.
e eu também me dizia não chore.
e eu também me alertava sobre o pé, o pó, a
bosta.
sobre a água que ficaria no meu lugar.
quando o
cachorro late, late e seus olhos amarelos me olham muito de perto, a
natureza humana se dilui na multidão viva que como uma crosta cobre a terra
ferida.
e eu digo não chore, não chore agora.
não chore
depois.
Nenhum comentário:
Postar um comentário