14 de junho de 2013
montanha e mar
(os dois extremos, irreconciliáveis como a água e o fogo: a montanha pura e que esconde entre suas dobras os caminhos da libertação / o mar impuro e sem caminhos; o espaço da definição / o espaço da indefinição: a montanha e sua ondulação petrificada: a permanência / o mar e suas montanhas instáveis: o movimento e suas miragens; a montanha feita à imagem do ser, manifestação sensível do princípio de identidade, imóvel como uma tautologia / o mar que se contradiz sem cessar, o mar crítico do ser e de si mesmo)
octavio paz, o mono gramático
(tradução: lenora de barros e josé simão)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário