3 de maio de 2018
tucum
em setembro de 1989, no pará e numa situação muito especial, ganhei um
anel de tucum. nestes anos todos, até anteontem, este anel esteve no meu
dedo. sempre. sempre. sempre me lembrando o que não me esqueço, a tal
opção preferencial. nestes anos todos o anel aproximou e afastou gente,
como um farol (quem vive ao lado já nem nota, mas é importante para quem
navega na escuridão). há dois dias o anel quebrou em quatro. o preto
noite do tucum era só um anel. eu sei. dois dias que vou e volto numa
viagem no tempo. a água sob a ponte. a ponte. o rio. tudo o que fomos. o
pouco que fiz. depois, na mesma noite, talvez, sonhei que cuidava de
alguém que não conseguia andar. eu acolhia, abraçava, acalentava. o pão e
os abraços.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário