veio de são paulo. a franja parecia diferente das nossas franjas. as roupas. o jeito de falar. vinha na nossa casa porque era da turma da minha irmã mais velha. eu sofria por perder (pra ela) a atenção do menino que eu mais gostava.
um dia, num daqueles jogos de menina predizer futuros, descobrimos que ela se casaria com o ique. eu olhava o papel, olhava: ali, o que parecia o fim do mundo.
assim como veio, um dia ela foi embora. o tempo passou até não ficar nenhuma de nós. todas estrangeiras.
a internet reduz o mundo e um dia os olhos da luli na minha tela. escrevi, perguntei: você é ela? e era. uma história de risadas largas.
do tal henrique, nunca mais tive notícia.
Um comentário:
que delicia
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