6 de outubro de 2010

viva

quero me lançar em cacos deitar pedra pedaços pontiagudos do mundo e dormir. quero me jogar sobre faróis ondas noite escura que não me deixa seguir e respirar.
um homem me tira do meio da rua. um homem vem e me diz sente-se, fique na calçada. respire. um homem vem e do nada se ocupa de mim. no meio do meu nada, se ele diz, deve fazer sentido. espero. calma, ele entra no carro, ele não sabe: ficará sentado horas aqui ao meu lado. juntos esperaremos a madrugada.
mesmo que eu também já não esteja.

(o rio)

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