28 de junho de 2011

iminências


coincidência, noemi jaffe
sempre me perguntam como é possível saber quando um livro é bom. respondo que boa é a literatura que consegue criar uma coincidência única entre o que se diz e a forma como se diz o que está sendo dito. mas também, acho que boa é a literatura que contém algum tipo de risco. algo está sendo posto em cheque: a linguagem, o leitor, a existência, o que já se conhece. alguma coisa vai se perder - iminência de vazio ou de morte - e/ou alguma coisa vai se criar - iminência de nascimento. a literatura que não mora na iminência não tem me interessado muito mais.

valer la pena, juan yanes
En el borde, en el límite, en la frontera, en el riesgo, en la inseguridad, en la incertidumbre, en donde empiezan las cosas que no han sido dichas, los fenómenos que no tienen nombre, las formas que no han sido definidas, los objetos que todavía nadie ha nombrado. Sólo vale la pena vivir donde empieza el vértigo.

Um comentário:

fabiana jardim disse...

"Solo vale a pena vivier donde empieza el vértigo". Lindo! Ainda mais pra mim, que adoro umas figuras de bordas e abismos. Obrigada pela partilha. Beijo.