nas esquinas tropeço, gaudi miró picasso, os três em comum o óbvio e, mais além, a fragilidade translúcida do canto dos pássaros da catalunha. na beira do mar deve haver gaivotas e um ulisses perdido à procura de céu.
Que lindo! Onde exatamente você está vivendo? Minha mãe e toda a família da minha avó é catalã, de Barcelona, já meu avô materno é asturiano. Estou contente por você ter usado "fragilidade translúcida" justamente nesse post! Beijos!
o sol, pequenino, ia saindo do mar, se fazendo grande. a lua, maior que o sol, se encolhia atrás da montanha, indo dormir. os dois brilhavam juntos, um de frente ao outro, refletindo na terra a manhã mais linda do mundo... na noite anterior, o mar estava calmo e o horizonte, atribulado. três relâmpagos-laranja. as luzes da cidade se apagaram só, com o sinal de uma das mãos ao alto ordenando: "PARE!". a única luz que ficou foi a de um menino que zarpava em bicicleta, indo em direção à praia, chamado pelo vento... atraído por ele. a lua, muito atrevida, quis competir com o sol e brilhar só, só para mostrar a força que tinha. envolvida por um véu de nuvens, seu brilho se desfazia em círculos coloridos que se formavam ao seu redor. um arco-íris. dando-lhe cor e graça. uma aura. em plena noite. as estrelas assistiram. ela gostou tanto daquilo que quis ficar mais, até de manhã, e esperar o sol para dizer-lhe... obrigado. e só assim pôde ir embora.
então, por um momento, tudo parou. a vida nunca mais voltou a normal.
2 comentários:
Que lindo! Onde exatamente você está vivendo?
Minha mãe e toda a família da minha avó é catalã, de Barcelona, já meu avô materno é asturiano.
Estou contente por você ter usado "fragilidade translúcida" justamente nesse post!
Beijos!
o sol, pequenino, ia saindo do mar, se fazendo grande. a lua, maior que o sol, se encolhia atrás da montanha, indo dormir. os dois brilhavam juntos, um de frente ao outro, refletindo na terra a manhã mais linda do mundo... na noite anterior, o mar estava calmo e o horizonte, atribulado. três relâmpagos-laranja. as luzes da cidade se apagaram só, com o sinal de uma das mãos ao alto ordenando: "PARE!". a única luz que ficou foi a de um menino que zarpava em bicicleta, indo em direção à praia, chamado pelo vento... atraído por ele. a lua, muito atrevida, quis competir com o sol e brilhar só, só para mostrar a força que tinha. envolvida por um véu de nuvens, seu brilho se desfazia em círculos coloridos que se formavam ao seu redor. um arco-íris. dando-lhe cor e graça. uma aura. em plena noite. as estrelas assistiram. ela gostou tanto daquilo que quis ficar mais, até de manhã, e esperar o sol para dizer-lhe... obrigado. e só assim pôde ir embora.
então, por um momento, tudo parou. a vida nunca mais voltou a normal.
adriano barchese
barcelona, 22 de novembro de 2010.
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