por conta do medo, há quem distribua suas riquezas aos
pobres.
quem funde linhagens, arranque os dentes.
há quem.
por mais que me proteja, o vento vem, revira tudo, fora dentro tempo e medo no abismo rochoso.
tudo o que eu podia fazer eu fiz. podia pouco. fiz menos ainda.
não sou matéria sou fissuras
porosidades
areia móvel. grão.
o vazio onde o molusco se firma.
a explosão do mar.
a espera.
não a pedra.
2 comentários:
Que lindo, Veronika! Comecei a ler e corri o olhar pra baixo, achando que era Adélia Prado. Aí vi que não, que era Veronika Paulics mesmo, cheia de poesia. Um beijo.
Puxa... porque só hoje li?
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