4 de setembro de 2013

outra vez hubble


saio de manhã cedo e chove. enquanto ando, penso o mundo todo encoberto e cinza e molhado, sem perceber que no meu pensamento obtuso, reduzo o mundo ao pouco que dele sei, no tanto que ignoro. como não sei – talvez porque não vejo – que as estrelas, como as borboletas, também antes foram lagarta e casulo, ambas pequenas explosões de incompreensível e o incompreensível só é assim não compreendido porque nunca antes me debrucei sobre seu mistério, e o mistério, tal e qual um pequeno humano, tem passado e futuro, sendo talvez seu passado o ponto de grafite e seu futuro a palavra. o mistério em seu presente seria o risco cinza que traço no papel antes bem antes de teclas e telas e fibras óticas que nos (des)conectam. incompreensível pode ser a poesia do casulo mágico de uma estrela que alguém vê.



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