29 de fevereiro de 2016

ciência

isso que dizemos ciência, que chamamos conhecimento é só uma narrativa possível, a mais convincente. o um que não se deixa levar, o um que não se cansa de buscar os porquês, o um que sempre desconfia é o que desfia a trama e pergunta: como pode o sol se fazer doçura? e das tetas como pode sair leite? como podem o algodão e o linho cobrir-nos a cabeça, como posso na água descobrir meus pés? e essa matéria escura, do que é feita? é um silêncio? é uma montanha? é uma ausência? acreditávamos que o mar estivesse repleto de monstros. só depois, bem depois, inventamos o quanto os oceanos podem ser bonitos. apesar dos tantos (outros) monstros que o habitam.

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