28 de fevereiro de 2018
sem pé
minha mãe
comentou que estava jogando fora papeis, organizando umas coisas, e no meio
disso tudo tinha encontrado a foto de um tio tataravô. ela disse que ao ver a
foto tinha se lembrado de mim. pedi que me mandasse a foto. não há muitas fotos
de antepassados assim tão distantes e eu não localizava bem quem poderia ser aquele
tio tataravô. ela disse já te mando. e mandou. e quando peguei a foto nas mãos,
vi que era uma foto em preto e branco de uma urna destas em que se guarda
cinzas. liguei de volta e disse mãe, a foto é de uma urna funerária, como é que
você pode me achar parecida com o tio tataravô? ela respondeu não disse que
você fosse parecida com ele, disse que a foto me fez lembrar de você, mas é por
conta da escultura de esquilinho da tampa da urna. olhei e havia mesmo um
esquilinho na tampa e talvez a minha cara de espanto fizesse o esquilinho naquele momento ter cara
de mim.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário