cheguei na casa dela, depois de atravessar a cidade, tudo era abraço. os pogácsa guardados à minha espera. as fotos de seu longo, longo caminho. o tempo aberto na tarde.
eu disse: no trajeto que parecia ímpar, havia multidões perdendo o chão. todas estas vidas se parecem. paralelas cada uma uma e o mesmo fio.
dias depois ela me concordou: perder o chão é próprio da vida, como o movimento do mar, como o rio precisa correr para não apodrecer. pedra rolando em águas: nós.
Um comentário:
"perder o chão
é próprio da vida"
gostei!
bjs, Heitor
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