piso dias
como minas
daquelas
explosivas daquelas diamantes.
tudo brilha
dia.
perde-se
números de telefone perde-se referências.
o mar só é
mar quando o dizemos mar?
a palavra
constrói o futuro.
antes de
ser palavra, o mar não é. nem água.
antes de
ter um nome minha mão nem treme e o coração não pulsa.
quando a
palavra cala, já nada.
antes de
palavra não sou mar nem sou.
um lápis e eu saberia o que fazer com as mãos.
não tenho, nem tenho mãos nominadas mãos.
suas mãos
têm nome.
e nas
minhas abrem vãos
por onde
vento outras palavras e mãos
que se
enroscam nos meus olhos
e me fazem
perder pés.
nesta
explosão, os dias.
Um comentário:
Como a opção existe aqui no blog, senti-me livre para compartilhar no face. bj
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