esbarro num comentário sobre béla tarr, diretor do maravilhoso cavalo de turim e outros filmes todos de luz e sombra, e ao passear pela internet conversando com tarr, leio também que para ele o mundo da razão, da luz, também é, em contrapartida, o mundo das sombras - porque quanto mais intensa a luz, mais intensa será a sombra - e penso nas sombras que aí estão e penso também que numa casa mal iluminada, além de não se ver sombras, quase não se vê a sujeira, e a gente facilmente esquece que a sombra e a sujeira já estavam lá, a intensidade da luz só as reforça, não adianta agora querer apagar ou reduzir a luz, o apocalipse está, e não quer dizer fim nem caos, quer dizer revelação.
e revelado está.
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