há oito mil dias apostei
num posto avançado de observação da beleza.
a hipótese? um mistério
que de tanto ser observado
se desvaneceria -- névoa
no mar bandada
de maritacas águas entre os dedos.
sem saber que a beleza era o mistério, em si,
desfazendo-se e fazendo-se a cada manhã
o escuro no caminho dos teus olhos,
a luz acesa
quando ninguem mais me espera,
a palavra que se deposita na boca e sem dizer
nada é toda mistério em sua máxima beleza.
Um comentário:
Belo!
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