3 de novembro de 2010

dia de festa




a alegria não nasce pronta.
há um tempo, tanto e tão pouco, plantamos uma mangueira. cresceu. precisou de poda. precisa de sol. já deu mangas, já dá crianças nos galhos. às vezes, muitas.
nessa primavera, um casal de sabiás-laranjeira fez ninho nela. num dia de ventania, apareceu um ovo pequeno azul pintadinho que bem pode ter caído de lá. não sei.
o ninho, como na coleção mais linda que já vi, persistiu.
dia desses, ouvimos uns piados. seriam os filhotes? curiosa, subi, subi, subi até chegar nos galhos finos e mesmo assim só a ponta de um bico. minúsculo.
desci, voltei com a máquina de retratos estendi os braços fotografei cegamente. e então pudemos ver a beleza deles que está e está por vir.

3 comentários:

Maína Junqueira disse...

Não dá pra comentar no FB então vai por aqui.
Lindo texto, uma jóia, o texto e o que vem por aí!
Maína J.

Inês Correa disse...

ainda bem que voce pegou sua máquina de retratos. bárbaro! beijo

POESIA E PROSAPOPEIA disse...

É sempre uma surpresa ler o que você escreve, ainda mais quando você pega a máquina, desce e fotografa.
Ótimos momentos,